Três espetáculos teatrais sul-mato-grossenses serão apresentados dia 1º de maio no 10º Festival América do Sul: às 17 horas, na Praça da Independência, “Contos e Causos” e “Tuta”, de Salim Haqzan, e às 18 horas, no Instituto Luis de Albuquerque (ILA), “Paredes Revisitadas”, do Mercado Cênico.
“Paredes Revisitadas” é um drama que mostra a linha tênue que existe entre o ato bom e mau dos seres humanos. Seu objetivo é questionar a condição humana, em suas crenças e ações. É baseado na obra do filósofo francês Jean-Paul Sartre, cujo existencialismo é fundamentado na morte como uma contingência. O diretor da peça, também diretor do Mercado Cênico Vitor Hugo Samudio, adaptou de forma intrigante e curiosa a história de três personagens que juntos descobrem o verdadeiro inferno por meio de suas condutas, frustrações. É rompida a “carapaça” dos personagens e encontram-se seres humanos negligentes e repugnantes.
O elenco de Paredes Revisitadas conta com Bruno Moser, que atuou no espetáculo “No Gosto Doce e Amargo das coisas que Somos Feitos”; Gláucia Pires, formada em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e pela atriz Patrícia de Andrade, que atuou em espetáculos de destaque como “Desculpe a Delicadeza” e o monólogo “Nostalgias Femininas”. A trilha sonora é do violinista cubano Alfredo Triff e a preparação do elenco é do diretor teatral Jair Damasceno.
Para assistir ao espetáculo é necessária a retirada de ingresso no local uma hora antes do início, pois o público é limitado a 150 pessoas. A classificação é de 14 anos.
O autor e ator corumbaense Salim Haqzan traz ao público do festival duas intervenções de 15 a 20 minutos cada, “Contos e Causos” e “Tuta”. As duas peças são stand-up commedy, espetáculo de humor executado por apenas um comediante, em que este se apresenta geralmente em pé, sem acessórios, cenários e caracterização.
Em “Contos e Causos”, Salim representa o contador de contos e causos de poetas e escritores como Lobivar Matos, Luis Feitosa, o X-Panzé, Manoel de Barros e de outras histórias orais contadas em rodas de tereré. Uma mescla de poesia e brincadeiras num jogo lúdico e interativo entre ator e expectador.
Em “Tuta”, o personagem que dá nome à peça é um morador da periferia de Corumbá, com seu sotaque arrastado e um vocabulário e trejeitos vistos apenas nesta região. A personagem surgiu no rádio aos sábados à noite no programa “Corumbá Let’s Dance” e hoje participa de eventos, contando um pouco de suas histórias.
O Festival América do Sul acontece de 28 de abril a 2 de maio em Corumbá e reúne artistas e profissionais da música, dança, artes plásticas, literatura e cinema do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
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