O Grupo Palco completa 15 anos, e estréia em 29 de abril no Cena Som, o espetáculo adulto "O terceiro quarto amarelo e o diário de um homem so'lo", com direção de Espedito dí Montebranco, no elenco Espedito dí Montebranco e Camilah Brito.
Depois do espetáculo Socorro, minha casa é uma comédia, encenado com recursos próprios, o Grupo Teatral Palco, composto por Espedito Di Montebranco, Camilah Brito, Jurema de Castro e Rodrigo Copat recebe pela primeira vez um incentivo financeiro para comemorar os 15 anos de história com estréia e curta temporada do espetáculo “ O Terceiro Quarto Amarelo e o Diário de Um Homem SO´LO, com estréia no dia 29 de abril no Projeto CENASOM e mais quatro apresentações, sendo nos dias 30 de abril, 01, 02 e 04 de maio no Teatro Aracy Balabanian. O Grupo também resolveu, em virtude da comemoração de seu aniversário disponibilizar ingressos a preços promocionais de R$ 7,50 no dia 29 e R$ 5,00 nos demais dias. As apresentações acontecem sempre as 20h. O espetáculo têm investimento do FOMTEATRO, Prefeitura Municipal e FUNDAC, além dos apoios do Governo do Estado e Fundação de Cultura de MS.
Na trajetória de 15 anos a se completarem em abril de 2010, participações internacionais e mais de 40 prêmios recebidos até o ano de 2005 além de menções honrosas, o Grupo Teatral Palco sempre se propôs a ser investigativo, seja pela linguagem cênica ou o cotidiano das pessoas, abusando de situações simples à críticas ousadas.
Com texto e Direção de Espedito Di Montebranco que atua ao lado de Camilah Brito, o espetáculo conta ainda com operação de Luz de Steephen Abrego e operação de Trilha de jurema de Castro.
Para composição da Trilha o poeta Manoel de Barros, emprestou poemas e a própria voz, bem como os atores Pedro Paulo Rangel e Jonas Bloch, sejam com poemas ou textos do dramaturgo gravados exclusivamente para a peça. Conta ainda com músicas de cena de Lenilde Ramos, Elânio Rodrigues, Emmanuel Marinho, Tribo Terena e tantos outros artistas Sul-mato-grossenses que participam do projeto.
O Terceiro Quarto amarelo e o Diário de um Homem SO’LO busca refletir e questionar os elementos da paixão, seja ela de uma pessoa pela outra ou pela arte, a busca do reconhecimento sempre. O espetáculo é mais uma dúvida do que uma resposta, refletindo as diferenças entre amor, paixão e posse, onde mostra que nem todos aqueles que se entregam aos afetos românticos sabem discernir corretamente a realidade que vivenciam.
E quando a paixão pelo trabalho artístico e a busca do reconhecimento ultrapassam as barreiras da lucidez, transformando o artista num ser quase insociável?
Lucas é um poeta ator teatral e poeta que busca o reconhecimento artístico. Sem sucesso se frustra aos 39 anos, e em seu desespero afirma sua decadência passando a consumir drogas. Divide um quarto com Stela, garota de programa abandonada pelo marido que desapareceu com seu filho. Lucas chega ao seu limite até ser recolhido por Stela que o encontra drogado e dormindo na chuva. Apanhado por num sentimento de gratidão ele se apaixona de forma obsessiva por ela. Revoltado, com apenas duas pessoas como platéia, Lucas sai de uma apresentação no teatro, se droga e começa a discutir a relação com a arte, com a sociedade e com Stela, chegando quase ao limite do ser humano sociável, por efeito das drogas, questiona, critica a sociedade, a mídia, religião e a própria arte como status. Os sentimentos se misturam e os diálogos conflituosos permeiam os lados masculino e feminino. A visão do mundo de duas pessoas desiludidas que sofrem com a falta de afeto e aceitação.
A busca desenfreada, que por vezes facilita o preenchimento da solidão, "ter alguém para chamar de meu" e não ter alguém para amar e ser amado, ser tratado como um grande artista e não mais um cidadão qualquer.
O Texto foi criado com situações, conheço muitos artistas assim. Para eles: “Se afirmar ou sentir-se artista não basta. É preciso ir além e conquistar a tão sonhada posição ou “status” de ser ARTISTA, conclui Montebranco.
FICHA TÉCNICA:
Texto, Direção Geral, manipulação de Trilha ,Projeto e Iluminação e Cenografia: Espedito Di Montebranco e Circo do Mato Grupo de Artes Cênicas.
Operação de Trilha: Jurema de Castro
Operação de Iluminação: Steephen Abrego
Apoio Técnico/Contra regragem: Claudeir Dilly Silvério
Design Gráfico: Zumbribrasil
Divulgação: Vaca Azul corporation Association
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